Tal como o Governo tem menos receitas e mais despesas porque cada vez recebe menos contribuições via empregados e paga mais subsídios de desemprego, também as autarquias vão começar a sofrer de um mal parecido: quem serão os que se manterão a viver num município onde o Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) subirá muitos por cento?
É para esquecer o “nasci aqui, viverei aqui até morrer porque esta é a minha terra”, como disse Leopoldo Núncio ao ‘Não foi, mas podia ter sido…’ dias antes de se ficar a conhecer a solução arranjada pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e o Governo para ‘tapar os buracos’ em que as autarquias se encontram.
Ao vir a lume que as autarquias subirão o IMI, que são cerca de 260 as que o terão que fazer e que o endividamento demorará alguns anos / IMIs a ultrapassar, o ‘Não foi, mas podia ter sido…’ voltou a procurar Leopoldo Núncio. Não o encontrou e soube, por familiares, que já anda à procura de “uma autarquia mais baratinha para viver”. Mas não é fácil. Além de serem poucas, e da Sociedade Portuguesa de Geografia já estar a prever uma anormal onda de migração em Portugal, ainda há que contar com as facturas da água.
Mas isso serão outras histórias…
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