segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Não há espaço para tanto garanhão


Assim como a lei do filho único na China, em Portugal o número de cavalos puro sangue lusitano tem de ser limitado e milhares estão a ser abatidos. Para preservar os genes dos seus animais, muitos criadores preferem que "o cavalo acabe no talho e não nas mãos de quem o quer montar ou revender", refere a Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano.
José Coelho Agri-Doce, criador, disse ao 'Não foi, mas podia ter sido...' que "os meus cavalos, ninguém os monta - só eu. Prefiro que os comam que nem uns alarves, mas montá-los é que não". E as éguas, perguntámos. "As éguas são dóceis, não dão luta e, por isso, têm menos interesse. Só os cavalos é que as querem montar. Mas não podemos ter animais a mais. A crise não o permite. A alimentação dos bichos é cara. É sempre preferível montar os machos, assim não haverá qualquer possibilidade de supra-reprodução".
Mas o montar a que se refere é de procriação? Agri-Doce responde: "queriam que fosse o quê? Metermo-nos em cima deles com uma sela a puxar as rédeas e gritar 'vai cavalinho, vai...' enquanto batemos com as esporas na barriga? Que barbaridade!"

Fonte:
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2951123&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

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